Estudo apresenta controle de qualidade do processamento de sêmen em centros de reprodução de porcos

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Amostras de doses inseminantes suínas para avaliação bacteriológica (Fonte: Janaína C. Rocha)
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Um estudo publicado na revista Scientia Agricola (Sci. Agric. v.81, e20230164, 2024), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, apresentou controle de qualidade do processamento de sêmen em centros de reprodução de porcos no cenário brasileiro. Pesquisadores monitoraram, por 24 meses, pontos críticos do processamento do sêmen de 1,650 reprodutores suínos em 11 centrais produtoras de sêmen (CPS) brasileiras.

No período, as CPS produziram 113 doses/reprodutor/mês e duas centrais apresentaram as maiores pontuações de conformidade dos 75 itens avaliados. Segundo os pesquisadores, maiores chances de contaminação do ejaculado ou das doses inseminantes foram associadas aos fatores alojamento inadequado dos animais; coletas de sêmen realizadas em períodos de maior temperatura ambiente; ausência de tapete antiderrapante durante a coleta; limpeza inadequada do prepúcio previamente à coleta; ocorrência de problemas locomotores e manutenção irregular dos filtros do sistema de purificação da água para preparo do diluente de sêmen.

Os resultados inferem que a redução da motilidade espermática do ejaculado foi associada à ausência do tapete antiderrapante durante a coleta e ao inadequado intervalo entre coletas. Os autores afirmam que esses dados representam ~ 20% do total de reprodutores suínos das CPS brasileiras e destacam pontos inegociáveis para manter a qualidade das doses produzidas.

São autores (e suas respectivas instituições) Janaina Colecha Rocha Bretanha Suínos (Bretanha Suínos), Emanoelle Regina Rosa (Seara Alimentos Ltda), Monike Quirino (Instituto Federal Catarinense), Mariana Groke Marques (Embrapa Suínos e Aves), Paulo Eduardo Bennemann (Sanphar Saúde Animal), Arlei Coldebella (Embrapa Suínos e Aves), Lucio Pereira Rauber (Instituto Federal Catarinense); Elizabeth Schwegler (Instituto Federal Catarinense); Fabiana Moreira (Instituto Federal Catarinense), Vanessa Peripolli (Instituto Federal Catarinense), Thomaz Lucia Jr. (Universidade Federal de Pelotas) e Ivan Bianchi (Instituto Federal Catarinense).

O estudo completo está publicado em https://doi.org/10.1590/1678-992X-2023-0164

Texto: Caio Albuquerque (01/11/2024)