Nesta semana, o Estado do Mato Grosso é o centro das discussões internacionais sobre a produção agropecuária e seu desenvolvimento sustentável para a segurança alimentar global, durante as reuniões do Grupo de Trabalho de Agricultura do G20 no Brasil. Até o dia 14 de setembro, quarenta e três delegações das principais economias globais debatem questões relacionadas à inclusão e sustentabilidade.
A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) também está integrada à programação, contribuindo com sua expertise na área, coordenando um painel sobre “Sistemas Alimentares Tropicais e Agricultura de Baixo Carbono”.
Representaram a Esalq na última quinta-feira, 12/09, sua diretora, professora Thais Vieira, a presidente da Comissão de Pesquisa e Inovação, Aline Melo César, e os coordenadores e membros do Centro de Estudos de Carbono em Agricultura Tropical (CCarbon), os professores Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, Mauricio Cherubin e Pedro Brancalion.
"Falamos sobre a importância da agricultura para o país e sobre o papel da Universidade, fazendo pesquisa e formando pessoas, aos Ministros da Agricultura dos países membros do G20, países convidados, FAO e organizações participantes. Os avanços tecnológicos, resultado de pesquisa e investimentos ao longo dos anos, condicionaram as mudanças nos padrões de produção, para produzirmos mais alimentos com menos recursos. Levamos exemplos de práticas adotadas no país, líder mundial em plantio direto e sistemas agroflorestais, por exemplo”, comentou Thais Vieira.
Após as falas iniciais, da apresentação e discussão das recomendações da Força-Tarefa de Agricultura e Sistemas Alimentares Sustentáveis aos Ministros da Agricultura do G20 e da participação da Esalq, a programação contemplou ainda um painel coordenado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que abordou Caminhos para uma Agricultura Sustentável e Resiliente.
Segundo Thais Vieira, a mensagem deixada pela Esalq aborda a importância da atuação em rede. “A agricultura é o catalisador de transformações na sociedade. Na Universidade trabalhamos, historicamente, com parceiros do mundo todo, com pesquisa em redes internacionais, mobilidade de alunos e professores, pois para o avanço no conhecimento colaboração é ponto chave. Hoje, mais do nunca, temos o papel de apresentar soluções para o combate à fome e ao enfrentamento da emergência climática e esperamos, como academia, colaborar com o Estado e organizações do mundo todo para avançarmos mais rapidamente”, complementou a diretora da Esalq.
Além dos representantes do G20, o evento conta com a presença do Business 20 Brasil (B20 Brasil), uma extensão voltada para negócios do G20. Esse grupo engloba as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana.
Texto: Caio Albuquerque (12/09/2024)